domingo, 31 de março de 2019

ABRIL TRARÁ O INVERNO... NEVE A COTAS BAIXAS E FRIO.

Mapas de livro, são o que os modelos meteorológicos nos proporcionam neste momento para a primeira semana de Abril.

Temperaturas 500hPa e Geopotencial
Depois de meses com temperaturas muito acima da média, com escassa precipitação que empurraram o país para uma situação de seca generalizada, chega Abril e parece que o Inverno ainda tem uma palavra a dizer, na próxima semana iremos ser afectados por uma corrente de ar polar que promete fazer baixar os termómetros para temperaturas invernais e trazer de novo a neve a Portugal a cotas baixas, com uma ISO a 850hPa em torno os -4ºC / -5ºC juntamente com -36ºC a 500hPa e neve poderia cair a cotas muito baixas no NW penínsular.

Temperaturas a 850hPa

Os dois principais modelos colocaram-se de acordo, tanto o europeu ECMWF como o americano GFS apostam num cenário verdadeiramente invernal no final da semana.


Neve acumulada pelo modelo ECMWF

A AEMET já emitiu um comunicado alertando para nevadas significativas no final da semana acima dos 600/800 metros no norte da Península.

Neve acumulada pelo modelo GFS

Seguiremos actualizando toda a informação.
Obrigado pela preferência.

segunda-feira, 4 de março de 2019

TEMPORAL ATLÂNTICO: CARNAVAL FRIO, COM CHUVA FORTE E VENTOSO ATÉ 100KM/H

Se São Pedro respeitou a maioria dos corsos carnavalescos do último domingo, tal não acontecerá amanhã, terça-feira de Carnaval, pois teremos um temporal atlântico em Portugal.


Por fim teremos uma situação clássica de inverno com o anticiclone a recuar, localizando-se a sul dos Açores e permitindo a aproximação de sistemas depressionários à Península, trazendo uma frente fria muito ativa associada a uma depressão localizada junto às Ilhas Britânicas, frente com muita humidade impulsionada por ventos intensos de sudoeste regará todo o continente de norte a sul, em especial a partir do meio da tarde de amanhã.

Além da chuva forte e persistente, que acumulará mais de 100 litros por m2 em algumas zonas montanhosas do norte em apenas 3 dias, teremos de contar com descida das temperaturas, vento forte até 100km/h nas terras altas e temporal no mar, quarta-feira a cota de neve descerá aos 1200 metros.


O IPMA colocará em aviso amarelo vários distritos do norte e centro por agitação marítima, vento e precipitação, o tempo deverá começar a melhorar a partir de 6ª feira.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

DEPRESSÃO JÚLIA AFETA OS AÇORES

Prevê-se que a depressão JULIA, às 00 TUC de quarta-feira (20 de fevereiro) se encontre centrada em 45.8N 38.1W a noroeste do arquipélago dos Açores, com uma pressão atmosférica prevista no seu centro de 946 hPa, com deslocamento para este-nordeste, provocando um aumento significativo da intensidade do vento e da agitação marítima em toda a região.
IPMA


O tempo deverá agravar-se na próxima quarta-feira nos Açores, com previsões de chuva e rajadas de vento que poderão ser superiores a 100 quilómetros por hora, devido à passagem de uma superfície frontal fria associada a uma depressão bastante cavada.

“Na quarta-feira, dia 20, a passagem de uma nova superfície frontal fria associada a uma depressão bastante cavada centrada a norte do arquipélago provocará precipitação em todas as ilhas, bem como uma intensificação do vento, com as rajadas a poderem atingir os 110 quilómetros/hora nos grupos Ocidental e Central e os 100 quilómetros/hora no grupo Oriental”, refere a delegação dos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com as previsões publicadas pelo IPMA na sua página na rede social Facebook, já na terça-feira prevê-se a ocorrência de precipitação em todo o arquipélago, devido à passagem de uma superfície frontal fria que deverá provocar rajadas na ordem dos 90 quilómetros por hora no grupo Ocidental (Flores e Corvo), dos 80 quilómetros por hora no Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) e dos 70 quilómetros por hora no Oriental (São Miguel e Santa Maria).

A meteorologista Patrícia Navarro, da delegação do IPMA nos Açores, explicou, esta segunda-feira, à agência Lusa que uma superfície frontal vai atravessar entre hoje e terça-feira o arquipélago, “provocando precipitação e aumento da intensidade do vento”.

Na quarta-feira, a aproximação da depressão muito cavada associada a uma superfície frontal fria deverá provocar precipitação, mas “sobretudo vento forte”, sublinhou Patrícia Navarro.

“Registar-se-á ainda um aumento da agitação marítima, com ondas que podem ir ate aos oito metros no grupo Ocidental, sete metros no Central e cinco metros nas ilhas do grupo Oriental”, acrescentou a meteorologista, salientando que “o IPMA esta acompanhar a situação e emitirá avisos quando tal se justificar”.

Jornal Açores 9

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

PRIMAVERA ANTECIPADA E TALVEZ ALGUMA CHUVA NO FIM-DE-SEMANA

Já notamos hoje em muitas regiões uma subida sensível das temperaturas diurnas, em especial nas regiões do litoral centro e sul, amanhã as temperaturas máximas voltarão a subir e vamos registar novamente temperaturas acima dos 20ºC em muitos locais.
Variação das temperaturas máximas, amanhã
Será justamente nas regiões do interior norte e centro onde as temperaturas mais irão subir, em especial no vale do Douro e planalto Mirandês.
Também as mínimas vão subindo paulatinamente, as geadas serão localizadas, em especial nos locais mais abrigados do interior norte e centro.
Variação de temperaturas mínimas na quinta-feira
No que diz respeito à precipitação, poderá chover algo durante o próximo fim-de-semana ou arranque da próxima semana, a confirmar-se este cenário de largo prazo, não parece tratar-se de uma mudança de padrão, parece pelo menos para já, apenas uma frente que consegue "fintar" pontualmente as altas pressões, com possível regresso do anticiclone nos dias seguintes e até lá o sol vai brilhar com vigor, os dias serão primaveris e muito agradáveis.
Precipitação pelo modelo GFS para dia 18

Estamos perante um primeiro aperitivo primaveral, com temperaturas bem acima da média e precipitação praticamente ausente pelo menos até ao próximo domingo.


domingo, 6 de janeiro de 2019

FLUXO DE AR POLAR CHEGARÁ NOS PRÓXIMOS DIAS

Muitos seguidores se questionam sobre o que se passa em algumas regiões de Trás os Montes quando em outras na mesma região e no restante país, apesar das noites serem frias, os dias são até bem agradáveis, a resposta é simples, cidades como Mirandela e Chaves devido à sua posição geográfica em vales profundos, conseguem acumular muito ar frio em situações de inversão térmica proporcionada pela estabilidade do anticiclone, o nevoeiro ajuda a manter esse ar frio durante todo o dia, funciona como um cobertor, retendo o frio e originando o sincelo.



Nos próximos dias o anticiclone tende a subir de latitude, como o ar gira em sentido horário nos anticiclones no nosso hemisfério, ficará aberto um corredor de ar muito frio e seco que trará o frio intenso de norte e sul.



Não apenas estará frio, como a sensação térmica de frio será acentuada pelo vento, pelo que o frio sentido poderá ser extremo em muitos locais.

A primeira pulsação polar atinge a Europa e afeta em especial o centro e sudeste do Continente.
Há cidades italianas e gregas com metros de neve acumulada nas ruas, neva ao nível do mar, proporcionando imagens como estas.



Feliz semana.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

ANTICICLONE ATÉ AOS REIS, NO MÍNIMO!

Já vos disse anteriormente que o anticiclone nesta altura do ano é "perigoso" pois quando chega por esta altura do ano persiste e este não será excepção, temos altas pressões para muito tempo!

Depois de um Natal que mais pareceu Páscoa, com a excepção das zonas com nevoeiro, as Festas vão continuar com as mesma tendência, tempo aborrecido sem muito que comentar, as altas pressões tendem a subir de latitude para a Europa, contudo vai continuar a exercer a sua influência em Portugal, garantindo a continuação do tempo seco nas próximas semanas.

O modelo GFS prevê o regresso da precipitação por volta do dia 5 de Janeiro, contudo, o mesmo modelo tem vindo a adiar esse cenário e com certeza que o vai continuar a fazer, pelo que é arriscado pensar-se já no regresso da chuva por essa altura.
No que toca ao frio e à neve, não se vê nada a prazo, uma verdadeira dor de cabeça para as estâncias de esqui da Península que vêem assim a época já atrasada e ameaçada.

Com as altas pressões são expectáveis mais episódios de nevoeiros persistentes e inversões térmicas.

Em suma cabe ressalvar que não se trata de algo anormal, é até cada vez mais frequente a persistência do anticiclone no inverno, causador das grandes secas que temos vindo a padecer dos últimos anos, aliás há precisamente um ano atrás, estávamos numa situação muito mais complicada que a deste ano, após meses de anticiclone o mesmo só quebrou em finais de Fevereiro e inícios de Março.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ONDE PODEREMOS VER NEVAR? SAIBA AS SERRAS ONDE SE ESPERA NEVE.


Amanhã ao final do dia já sentiremos um agravamento significativo do estado do tempo, uma nova frente atlântica traz de volta a chuva a Portugal, o IPMA já lançou avisos amarelos por precipitação para os distritos do litoral a norte de Coimbra, mais Vila Real, e Viseu, por vento nos distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Viseu e Guarda, por agitação marítima nos distritos do litoral a norte de Lisboa.
O vento soprará forte com rajadas até 75km/h no litoral oeste e até 100km/h nas terras altas.

Mas a grande questão que nos chega é sobre a tão esperada neve, é esperada neve, mas apenas nas zonas mais altas do norte do país e na Serra da Estrela, onde já começará a cair amanhã ao final da tarde, o mapa baixo ilustra as serras onde está prevista queda de neve:
Modelo: WRF para quinta-feira
Durante a madrugada da quinta-feira entrará o ar pós frontal, ar polar, que fará descer as temperatura e a cota de neve, que se situará em geral e na região norte nos 1000 metros, pontualmente pode descer um pouco mais, segundo a AEMET, nas montanhas do Gerês e de Barroso pode pontualmente baixar aos 800/1000 metros.
Cotas AEMET para as zonas raianas

O modelo europeu também simula neve em especial na zona de Barroso / Gerês, Montemuro e Estrela:
ECMWF

O modelo GFS:

GFS
Em termos de acumulações, não se esperam grandes acumulações abaixo dos 1300/1400 metros, apenas nos pontos mais altos do Gerês e Estrela se esperam entre 10 a 20 cm de neve acumulada.